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Como dois cervejeiros desempregados transformaram containers rejeitados em um império presente em 5 continentes

James Watt e Martin Dickie tinham um problema. Era 2007, na Escócia, e eles haviam acabado de ser demitidos de suas posições em grandes cervejarias. Sem emprego, sem dinheiro, mas com uma receita de cerveja artesanal que acreditavam ser revolucionária, eles precisavam de um espaço para começar a produzir.

O primeiro lugar que encontraram? Um galpão abandonado nos arredores de Aberdeen. Frio, úmido, com infiltrações por todos os lados. Mas não tinham escolha. Começaram a produção da BrewDog naquele espaço miserável.

Seis meses depois, quando finalmente começavam a ter algum retorno, receberam a notícia: o proprietário havia vendido o terreno. Tinham 60 dias para sair.

A ideia Maluca

Foi Martin quem teve a ideia enquanto passavam de carro pelo porto de Aberdeen. Centenas de containers de transporte enferrujados estavam empilhados ali. Muitos eram rejeitados pelas empresas de logística – pequenos amassados, ferrugem superficial, nada estrutural, mas suficiente para tirá-los da linha de uso comercial.

Com o pouco dinheiro que tinham, compraram três containers HC de 40 pés. Dois para produção, um seria transformado no primeiro “BrewDog Bar”.

Os amigos acharam loucura. “Quem vai querer beber cerveja dentro de uma caixa de metal?” A família implorou para que voltassem para empregos “normais”. Bancos se recusaram a financiar “esse projeto maluco”.

O primeiro bar-container abriu em 2010. Paredes de metal aparente, piso industrial, móveis de pallets. Nada de luxo. Pura essência.

Nos primeiros dias, vinham mais curiosos do que clientes.

A virada

Três semanas após a abertura, algo inesperado aconteceu. Um grupo de executivos de tecnologia entrou no bar. Ficaram duas horas. Pediram todas as cervejas do menu. Na semana seguinte, voltaram com uma proposta: queriam um bar-container idêntico para o escritório deles em Edimburgo.

James achou que era piada. Não era.

O que ele descobriu meses depois mudou tudo: aquele grupo havia sido enviado por um investidor americano que pesquisava “conceitos revolucionários de food service na Europa”.

O container não era um plano B. Era o produto.

O espaço “rejeitado” que escolheram por desespero era o que havia de mais inovador no mercado. Móvel, replicável, com identidade industrial moderna, sustentável e com custo 70% menor que um bar tradicional.

O investidor não queria a cerveja. Queria o conceito do bar.

O resultado

De 2010 a 2024, a BrewDog abriu mais de 100 bares em formato de container ou estruturas modulares em 5 continentes. Londres, Tóquio, Sydney, São Paulo, Nova York, Barcelona.

Cada unidade mantém a estética industrial original. Cada uma pode ser montada em 30-45 dias. Cada uma custa uma fração de um bar convencional.

Em 2019, até a Starbucks procurou a BrewDog para entender o modelo de operação em containers. Hoje, a empresa vale mais de 2 bilhões de dólares.

A lição

A história da BrewDog ensina algo poderoso: inovação em espaços pode redefinir um negócio inteiro.

James e Martin não revolucionaram apenas a cerveja artesanal. Revolucionaram a forma como bares podem ser concebidos, construídos e expandidos.

O que parecia limitação tornou-se o maior ativo da empresa. O container não era a solução mais barata. Era a solução mais inteligente.

E o seu negócio?

Você está procurando o espaço “perfeito” ou está criando o espaço certo?

Containers DC e HC de 20 e 40 pés não são apenas estruturas. São possibilidades. Velocidade de execução. Economia inteligente. Flexibilidade para crescer, mudar, testar.

E se o seu projeto pudesse estar pronto em 45 dias? E se você pudesse começar menor, testar o mercado e expandir conforme cresce?

A história da BrewDog começou com dois desempregados e três containers rejeitados. Hoje, é um império global que redefiniu o que significa ter um “espaço comercial”.

Containers não são limitação. São liberação.